Folha de S. Paulo


Caminhão avança sobre pedestres no centro de Estocolmo e deixa mortos

Um caminhão atropelou pedestres em uma rua central de Estocolmo nesta sexta-feira (7) e se chocou contra uma loja de departamento. Ao menos quatro pessoas foram mortas e outras 15 ficaram feridas, das quais ao menos oito estão em estado grave.

O primeiro-ministro da Suécia, Stefan Lofven, afirmou que tudo indica que se trata de um atentado terrorista. "A Suécia foi atacada."

Há gravações da cena registrando o pânico dos pedestres, fugindo do local. A fotografia do caminhão mostra parte da loja em chamas. O veículo de entregas foi roubado na manhã de sexta-feira, segundo a empresa proprietária, Spendrups.

O número de mortos havia sido inicialmente confirmado pela polícia. Mais tarde, em uma entrevista coletiva, o comissário afirmou não ser possível precisar as vítimas. Houve também outro desencontro quando o premiê, que não estava em Estocolmo no momento do atropelamento, disse que uma pessoa havia sido detida. A polícia informou em seguida que o suspeito de dirigir o caminhão fugiu. Mais tarde, informaram que um suspeito de "ter algum tipo de conexão" com o ataque foi preso.

Foi desmentido, ainda, o relato da imprensa sueca de que houve troca de tiros. Mas toda a área de Drottninggatan, no centro, foi cercada pela polícia, que pediu aos moradores não se dirigirem ao centro da capital.
As autoridades divulgaram uma imagem captada por câmeras de segurança, mostrando uma pessoa que poderia estar envolvida.

Onde foi o ataque em Estocolmo

A loja atingida pelo caminhão fica próxima à estação central, por onde passam todas as linhas do metrô e todas as estações foram interditadas temporariamente. Todos os escritórios do governo foram fechados também, segundo a agência de notícias Reuters. Os ministros estavam em segurança.

O rei sueco Carl Gustaf expressou seu horror diante do incidente. "Estamos pensando naqueles que foram afetados e em suas famílias", afirmou em um comunicado emitido por seu palácio.

Seria um ataque semelhante ao que deixou cinco mortos em 22 de março diante do Parlamento britânico, quando um motorista atropelou pedestres na ponte de Westminster e esfaqueou um policial. Ele foi morto a tiros.

Esse tipo de atentado se parece também com aquele que deixou 86 mortos em Nice, em julho. Outro atropelamento deixou 12 vítimas em um mercado de Natal em Berlim, em dezembro.

Os atropelamentos têm sido incentivados pela propaganda oficial da organização terrorista Estado Islâmico. Uma de suas revistas em inglês, "Rumiyah", publicou sugestões sobre como utilizar um veículo para atentados.

Com agências de notícias


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