Folha de S. Paulo


A dias de receber Xi Jinping, Trump faz ação contra 'abusos' comerciais

Andrew Harnik/Associated Press
Presidente Donald Trump após assinar uma série de decretos na Casa Branca na segunda (27)
Presidente Donald Trump na Casa Branca, após assinar uma série de decretos no final de março

A menos de uma semana de receber a visita do presidente chinês, Xi Jinping, Donald Trump assinou nesta sexta-feira (31) dois decretos destinados a acabar com o que o republicano chama de "abusos" nas relações comerciais com outros países –em especial com Pequim.

É com a China que os Estados Unidos têm o maior deficit. O país é responsável por US$ 347 bilhões dos US$ 500 bilhões do saldo negativo americano na balança com outros países no ano passado –quase 70% do total.

Japão, Alemanha e México vêm na sequência, só que com valores bem menores: US$ 69 bilhões, US$ 65 bilhões e US$ 63 bilhões. Mesmo assim, Trump já afirmou várias vezes que o comércio com o México é "injusto".

"Vamos investigar todos os abusos no comércio e, com base no que encontrarmos, vamos tomar as ações legais e necessárias para acabar com esses vários abusos", disse Trump ao assinar as ordens executivas.

Um dos textos orienta o Departamento de Comércio e o Representante de Comércio dos EUA a identificar, em um prazo de 90 dias, "práticas não recíprocas" que contribuem para o deficit americano –em análise país por país, produto por produto.

O Brasil não deverá estar na mira das novas medidas anunciadas nesta sexta-feira por Trump, já que os EUA têm superavit na balança com o país desde 2007.

No ano passado, a relação comercial movimentou um total de US$ 56 bilhões, com US$ 4 bilhões de saldo negativo para o Brasil.

Segundo Trump, as medidas vão fazer com que tenha fim o "roubo da prosperidade americana".

O encontro do norte-americano com Xi Jinping ocorrerá nos próximos dias 6 e 7 de abril no resort de Mar-a-Lago, na Flórida.


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