Folha de S. Paulo


Casa Branca pede que Congresso investigue se Obama grampeou Trump

Jack Gruber - 20.jan.2017/"USA Today"/Reuters
Donald Trump e Barack Obama seguem juntos para a posse do republicano, em 20 de janeiro
Donald Trump e Barack Obama seguem juntos para a posse do republicano, em 20 de janeiro

A Casa Branca pediu neste domingo (5) ao Congresso dos EUA que examine se a administração Obama abusou de sua "autoridade investigativa" executiva durante a campanha de 2016, como parte da pesquisa do Congresso sobre a influência da Rússia nas eleições presidenciais.

O pedido ocorre um dia depois que o presidente Donald Trump alegou, sem apresentar quaisquer provas, que seu predecessor, Barack Obama, ordenou uma escuta telefônica na Trump Tower, local que foi a sede da campanha de Trump.

No sábado, o porta-voz de Barack Obama, Kevin Lewis, negou as acusações do atual presidente."Uma regra crucial da administração Obama era a de que nenhum funcionário da Casa Branca interferisse em nenhuma investigação do Departamento de Justiça."

Sean Spicer, porta-voz da Casa Branca, afirmou neste domingo que Trump e membros do governo não terão mais comentários sobre o assunto até que o Congresso tenha concluído sua investigação, potencialmente eliminando tentativas de fazer Trump explicar suas acusações.

"Relatórios sobre investigações potencialmente motivadas politicamente logo antes da eleição de 2016 são muito preocupantes", disse Spicer, em um comunicado.

Além da falta de provas, Trump também não deu indícios da origem das acusações. A agência Associated Press e o jornal britânico "The Guardian" afirmam que o presidente reproduziu alegações de sites de extrema direita.

Na quinta (2), o radialista Mark Levin mencionou os passos que Obama teria tomado para vigiar o sucessor. A acusação foi publicada no dia seguinte no Breitbart News, que tem entre os fundadores Stephen Bannon, estrategista-chefe do presidente.

Este foi o segundo ataque de Trump a Obama em menos de uma semana. Em entrevista à Fox News na terça (28), ele culpou o democrata pelos protestos contra seu governo em todo o país desde sua posse, em janeiro.


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