Folha de S. Paulo


Trump dá apoio à libertação do opositor venezuelano Leopoldo López

Reprodução/Twitter
Mulher de Leopoldo López, Lilian Tintori é recebida por Donald Trump, Mike Pence e Marco Rubio
Mulher de Leopoldo López, Lilian Tintori é recebida por Donald Trump, Mike Pence e Marco Rubio

O presidente dos EUA, Donald Trump, deu apoio nesta quarta-feira (15) à libertação ao opositor venezuelano Leopoldo López, preso desde 2014, após encontro com Lilian Tintori, mulher do adversário de Nicolás Maduro.

Ela foi recebida pelo mandatário americano e pelo vice, Mike Pence, na Casa Branca, após ter a reunião intermediada pelo senador republicano Marco Rubio, um dos principais defensores da dissidência venezuelana nos EUA.

Em uma rede social, Trump publicou mensagem de respaldo. "A Venezuela deve permitir que Leopoldo López, um prisioneiro político e marido de Lilian Tintori (recebida por Marco Rubio) que deixe a prisão imediatamente."

Trump

A mulher de Leopoldo López agradeceu ao presidente na mesma rede, dizendo que mostraram sua preocupação com a situação do país caribenho e de seu marido que, no próximo sábado (18), completa três anos no cárcere.

"Expliquei a eles que na Venezuela existe uma ditadura que mantém seu povo sem comida nem remédios. O mundo está com o povo venezuelano. É inaceitável a ditadura de Maduro em pleno século 21. Vamos resgatar a democracia!"

Tintori

A manifestação de Trump foi considerada uma agressão pela chanceler venezuelana, Delcy Rodríguez. "Enquando o presidente Nicolás Maduro propunha lançar uma nova era de relações de respeito, Trump se solidariza com o chefe de ações violentas e dá apoio ao líder de ações sangrentas e inconstitucionais ocorridas em 2014 contra a paz e a estabilidade da Venezuela.

E criticou também a dissidência venezuelana nos EUA, que é ligada a Marco Rubio. "É lamentável que os lobbies e as máfias de Miami em cumplicidade com a oposição violenta imponham a Trump políticas contra a Venezuela.

Leopoldo López foi preso em um protesto e mantido em uma cadeia militar por mais de um ano sem julgamento. Em setembro de 2015, ele foi condenado a 13 anos e 9 meses de prisão por incitação à violência nas manifestações.

A ativista venezuelana é recebida antes que Donald Trump tenha feito qualquer contato com o governo chavista. Na segunda (13), o Departamento do Tesouro anunciou sanções contra o vice de Maduro, Tareck El Aissami.

Aissami é acusado pelas autoridades americanas de relação com o tráfico de drogas e o terrorismo. As punições ao chavista e a visita da opositora mostram que ele manterá o mesmo lado que Barack Obama na crise venezuelana.


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