Folha de S. Paulo


Trump anuncia que participará de cúpula de líderes da Otan em maio

O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou neste domingo (5) que participará em maio da cúpula de líderes dos países-membros da Otan, a aliança militar do Ocidente, na Europa, informou a Casa Branca.

Ele comentou sobre a visita em ligação para o secretário da aliança, o norueguês Jens Stoltenberg. Em nota conjunta, o gabinete do presidente e a aliança informaram que mandatário deu "seu apoio profundo" à Otan.

Allen Eyestone/"The Palm Beach Post"/Zumapress/Xinhua
O presidente dos EUA, Donald Trump, é recebido por banda de música em seu clube de golf no domingo
O presidente dos EUA, Donald Trump, é recebido por banda de música em seu clube de golf no domingo

Porém, reiterou sua reclamação para que os sócios europeus contribuam mais para o funcionamento da aliança militar —os EUA contribuem com 75% das receitas. Esta é uma reivindicação que o republicano faz desde a campanha.

No entanto, seus aliados republicanos e a oposição democrata temem que a diminuição do financiamento provoque o aumento da influência russa no velho continente, principalmente entre os países do Leste Europeu.

Outra preocupação americana na região, o conflito na Ucrânia foi discutido no telefonema. Os dois concordaram em defender uma solução pacífica para os confrontos entre os separatistas pró-Rússia e o governo ucraniano.

O comunicado não menciona, no entanto, a opinião do republicano sobre como resolver o conflito ou sobre a anexação da Crimeia pela Rússia. Na semana passada, os dois grupos voltaram a se enfrentar, em combates que deixaram 40 mortos.

A participação na cúpula acontece após fortes críticas à aliança. Em entrevista aos jornais alemão "Bild" e britânico "The Times" antes de assumir, Trump afirmou que a Otan é obsoleta por não combater o terrorismo.

Os países da Europa Ocidental temem um avanço de Moscou e principalmente uma relação mais amigável de Trump com o presidente russo, Vladimir Putin, como o republicano vem defendendo em entrevistas.

A reunião também pode marcar a relação dos EUA com a União Europeia. Pelo discurso protecionista, espera-se que ele incentive a saída de outros países do bloco, como desejam a extrema-direita francesa e os populistas italianos.


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