Folha de S. Paulo


Avanço sobre EI em Mossul deixa crescente número de vítimas civis

As forças de segurança iraquianas conseguiram entrar em mais dois bairros do sudeste da cidade de Mossul, mas os avanços estão sendo limitados pela tática da facção radical Estado Islâmico (EI) de usar civis como escudos-humanos, disse um porta-voz dos militares nesta terça-feira (10).

A ONU (Organização das Nações Unidas) disse que o número de vítimas civis aumentou em hospitais próximos nas duas últimas semanas, à medida que os combates se intensificaram no último importante reduto dos militantes do EI no Iraque.

Os avanços das forças de elite pelo leste e nordeste da cidade ganharam ímpeto em uma nova ofensiva desde a virada do ano, e as forças apoiadas pelos Estados Unidos conseguiram pela primeira vez chegar ao rio Tigre, que divide a cidade.

Mas os combates em bairros do sudeste têm sido duros.

"O desafio é que eles [EI] estão escondidos entre famílias civis, é por isso que nossos avanços são lentos e muito cuidadosos", disse o tenente-coronel Abdel Amir al-Mohammedawi, porta-voz das forças iraquianas, à Reuters.

Segundo o escritório de coordenação humanitária da ONU, quase 700 pessoas foram levadas para hospitais nas áreas controladas por curdos nos arredores de Mossul na última semana, e mais de 817 solicitaram tratamento hospitalar na semana anterior.

Lançada em outubro, a ofensiva para expulsar o EI de Mossul é considerada estratégica para enfraquecer a facção.

Editoria de Arte/Folhapress
Tropas iraquianas avançam sobre Mossul

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