Folha de S. Paulo


Líder britânica promete detalhar "brexit" nas próximas semanas

John Stillwell/Reuters
Britain's Prime Minister Theresa May (L) is interviewed by Sophy Ridge on Sky News, during the Ridge on Sunday programme, in London, Britain January 8, 2017. REUTERS/John Stillwell/Pool ORG XMIT: LON182
A primeira-ministra britânica Theresa May durante entrevista ao canal Sky News

A primeira-ministra britânica, Theresa May, afirmou neste domingo que definirá sua estratégia para o "brexit" nas próximas semanas, negando sugestões de que estaria "confusa" na busca pelo que chamou de relação certa com a União Europeia (UE).

Em sua primeira entrevista deste ano, May ignorou pedidos de líderes empresariais, parlamentares e da oposição por mais detalhes sobre sua estratégia para deixar a UE, oferecendo pouco além de uma promessa de obter o melhor acordo possível.

O "brexit" foi aprovado pelos britânicos em votação em junho, mas o inicio formal do processo ainda não ocorreu.

"Em primeiro lugar eu vou apresentar mais detalhes nas próximas semanas, à medida que caminhamos para ativar o Artigo 50", disse, referindo-se ao processo de saída da UE, que ela iniciará antes do fim de março.

Segundo ela, a questão crucial para ambos os lados do debate —priorizar o controle da imigração para a Grã-Bretanha ou o acesso preferencial ao mercado comum europeu— não se trata de uma escolha binária.

"Mas o que eu estou dizendo é que eu acho errado olhar para isso como apenas uma questão binária, como ou você tem controle da imigração ou você tem um bom acordo comercial - eu não vejo como uma questão binária", disse a primeira-ministra.

Autoridades da UE afirmaram que o Reino Unido não pode ter acesso ao mercado único de 500 milhões de consumidores sem aceitar o princípio do movimento livre e alertaram May repetidamente contra tentar "escolher a dedo" as partes rentáveis da união.

A primeira-ministra afirmou buscar um "acordo ambicioso", descartando a sugestão do ex-embaixador britânico para a UE, Ivan Rogers, de que seu governo estava "confuso" em sua abordagem a uma das mais complicadas negociações em que o país já esteve envolvido desde a Segunda Guerra Mundial.


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