Folha de S. Paulo


Guarda Costeira dos EUA não busca mais por brasileiros desaparecidos

Fabiano Silva/Folhapress
Transatlântico se aproxima de Port Everglades, na Flórida, onde brasileiros deveriam ter chegado
Transatlântico se aproxima de Port Everglades, na Flórida, onde brasileiros deveriam ter chegado

A Guarda Costeira dos EUA não está engajada na busca do grupo de 12 imigrantes brasileiros desaparecidos supostamente durante a travessia por mar entre as Bahamas e a costa do Estado da Flórida.

Em resposta à Folha por e-mail, o braço das Forças Armadas responsável pela fronteira marítima informou que não houve registros de busca e resgate na época em que o grupo desapareceu, há dois meses.

Um segundo motivo para a inação é que a Guarda Costeira não teria recebido informações precisas para que seja identificada uma área específica de busca.

De acordo com a Guarda Costeira, a navegação pela costa da Flórida "pode ser extremamente perigosa" e frequentemente leva a "ferimentos e morte". "Eles estão arriscando as suas vidas com muito pouca chance de sucesso."

O Itamaraty informou que mantém contato permanente com as autoridades dos países envolvidos e as famílias dos desaparecidos, que teriam embarcado de Nassau rumo aos EUA em 6 de novembro.

A Polícia Federal acompanha o desaparecimento por meio de sua adida lotada no Consulado do Brasil em Miami. Procurada sobre eventuais avanços nas investigações, não respondeu à solicitação enviada por e-mail.

A reportagem da Folha enviou perguntas por escrito ao gabinete do chanceler bahamense, Fred Mitchell, mas não houve resposta até o momento.


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