A França irá combater qualquer extremista francês que encontre nos campos de batalha no Iraque, prendê-los se voltarem para casa e trabalhar para desradicalizar seus filhos.
A promessa foi feita pelo presidente francês, François Hollande, em visita ao Iraque nesta segunda (2).
"Nós lutaremos contra eles como lutamos contra todos os extremistas, já que eles nos atacam, já que eles preparam ataques em nosso próprio território", afirmou Hollande em Bagdá.
Há cerca de 60 cidadãos franceses lutando pelo Estado Islâmico na batalha de Mossul, cidade no norte iraquiano, e outras centenas espalhados pelo Iraque e pela Síria, segundo diplomatas da França.
Os filhos dos militantes que retornam para casa serão tomados e "desradicalizados", afirmou Hollande. "Nós estamos nos preparando para esses retornos e, especialmente, o processo com as crianças."
A França foi alvo de dois grandes ataques terroristas nos últimos dois anos. No Iraque, o presidente francês declarou que soldados do país que servem na coalizão liderada pelos EUA contra o Estado Islâmico previnem mais mortes em casa.
"Tudo o que contribui para reconstruir o Iraque é um passo adicional para evitar ataques do Estado Islâmico em nosso próprio território."
Pressionado pelos atentados e pela economia estagnada, Hollande viu sua popularidade afundar e anunciou que não irá se candidatar a um segundo mandato —é a primeira vez desde 1958 que um presidente não tenta se reeleger na França. As eleições acontecem em abril.
Depois de Bagdá, Hollande viajará ainda nesta segunda para a cidade de Erbil, na região do Curdistão iraquiano, no norte do país. Ele acompanhará a entrega de 38 toneladas de itens de ajuda humanitária, como remédios, enviados pela França.
"O Estado Islâmico está recuando e será derrotado", concluiu Hollande em sua fala à imprensa. "Este é um ano que será um ano de vitória, aqui, contra o terrorismo."