Folha de S. Paulo


Obama impõe sanções à Rússia por ação de hackers em eleições nos EUA

O presidente Barack Obama impôs nesta quinta-feira (29) sanções à Rússia em retaliação à suposta interferência de Moscou nas eleições presidenciais americanas por meio do vazamento de e-mails do Comitê do Partido Democrata.

Os alvos da medida foram funcionários do governo russo e serviços de inteligência do país. O Departamento de Estado também expulsou 35 diplomatas russos da embaixada em Washington e do consulado em São Francisco, dando a eles e suas famílias 72 horas para deixar o país.

"Essas ações vêm depois de alertas públicos e privados que fizemos ao governo russo, e são uma resposta necessária e apropriada aos esforços de prejudicar os interesses dos EUA numa violação às normas de comportamento internacionais estabelecidas", disse Obama em comunicado.

Segundo o presidente americano, as sanções anunciadas nesta quinta não são toda a resposta americana à agressão russa. "Vamos continuar tomando uma série de ações quando e onde quisermos, e algumas delas não virão a público", completou.

Os diplomatas foram declarados "persona non grata" por atuarem "de maneira inconsistente com seu status diplomático".

Obama disse ainda que Moscou não terá mais acesso a duas instalações russas, em Maryland e em Nova York.

A primeira resposta do governo russo veio do comissário para direitos humanos e democracia da chancelaria do país, Konstantin Dolgov, que classificou a medida como "contraproducente" e disse que as sanções prejudicarão a restauração dos laços diplomáticos entre os dois países.

O governo de Vladimir Putin nega as acusações de que estaria por trás dos ataques de hackers contra o Comitê do Partido Democrata, que derrubaram sua presidente às vésperas da convenção do partido que chancelou a candidatura de Hillary Clinton, em julho.

Segundo a inteligência americana, o objetivo da Rússia era ajudar o republicano Donald Trump a vencer –o que o empresário também nega.


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