Folha de S. Paulo


Explosão em mercado de fogos de artifício mata 31 e fere 72 no México

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Uma forte explosão em um mercado de fogos de artifício deixou pelo menos 31 mortos e mais de 72 feridos em Tultepec, no México, na tarde desta terça-feira (20). Além do estabelecimento, várias casas na região ficaram destruídas.

O novo balanço de vítimas foi apresentado por Alejandro Gómez, procurador do Estado do México, onde fica Tultepec. Esta é a maior tragédia a atingir o mercado, que tem 16 anos de existência.

Segundo testemunhas, a explosão em cadeia começou em uma das 300 barracas que vendiam artigos pirotécnicos no mercado de San Pablito, um dos maiores do país e que fica a 49 km da Cidade do México.

Um consumidor testava um morteiro que, fora de controle, atingiu outra barraca, dando início a uma detonação em cadeia. Com o impacto, partes das barracas e outros objetos foram arremessados a metros de distância.

O mercado ficou completamente destruído. A Defesa Civil recomendou aos moradores da região a se retirarem do local, embora alguns tenham voltado para pegar botijões de gás para evitar que suas casas fossem destruídas.

A Cruz Vermelha enviou os feridos para hospitais da cidade e os mais graves para a Cidade do México. A polícia e a Defesa Civil ainda investigam as causas da explosão.

Xinhua
Coluna de fumaça sobe do mercado de fogos de San Pablito, em Tultepec, no México, após explosão
Coluna de fumaça sobe do mercado de fogos de San Pablito, em Tultepec, no México, após explosão

Fundado em 2000, o mercado de fogos de San Pablito era considerado o mais seguro do México. Seus comerciantes previam vender mais de 100 toneladas de fogos entre agosto e dezembro deste ano.

A maioria da pirotecnia foi usada nas festas da Independência, em setembro, nas Posadas —celebração que lembra a viagem de José e Maria antes do nascimento de Jesus—, no Natal e no Ano-Novo.

Embora fosse considerado seguro, ele já passou por três grandes incêndios. Todas suas barracas foram destruídas por explosões às vésperas das festas de Independência de 2005, 2006 e 2007, mas sem deixar mortos.

Após serem adotadas medidas de segurança, como uma separação mínima entre os postos, houve novos acidentes em 2012, deixando um morto e oito feridos, e em março passado, levando à morte de três pessoas.


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