Folha de S. Paulo


Vocalista do Eagles of Death Metal diz que não quis ver show no Bataclan

O líder e vocalista da banda de rock Eagles of Death Metal, que estava no palco quando militantes do Estado Islâmico invadiram a casa de shows Bataclan, em Paris, e mataram 90 pessoas, negou ter sido barrado no show que marcou um ano da tragédia, no sábado (12).

O cantor Jesse Hughes, 44, ficou do lado de fora do Bataclan durante a apresentação do cantor Sting, que marcou a reabertura do local.

O co-diretor da casa de espetáculos, Jules Frutos, havia dito à imprensa ter vetado a entrada de Hughes. "Eles vieram, e eu barrei. Há coisas que não se perdoa", disse.

No entanto, o músico disse que ele apenas estava andando por ali. "Na verdade, eu nunca tentei entrar no show", disse o vocalista.

Frutos disse em entrevista à uma rádio que ele não convidaria a banda Eagles of Death Metal para voltar ao Bataclan depois que Hughes fez acusações contra funcionários do local.

Em março, Hughes havia sugerido que seguranças do Bataclan poderiam ter colaborado com o ataque; depois, pediu desculpas e disse que falou isso por estar estressado e tendo pesadelos.

O vocalista também já deu outras declarações polêmicas, como dizer que no momento dos ataques em Paris, havia muçulmanos celebrando os atentados nas ruas.

Apesar dele ter se desculpado pelas declarações, vários festivais franceses cancelaram shows da banda que estavam marcados.

Políticos, incluindo o presidente francês François Hollande, participaram de cerimônias no domingo no leste de Paris que prestaram homenagens aos mortos nos ataques do ano passado, que ocorreram em vários locais de Paris e deixaram ao todo 130 mortos.

A banda esteve presente nessas cerimônias. "Eu não poderia estar em nenhum outro lugar do mundo. Estou aqui para estar com minha família. Essa é a minha família agora", disse Hughes no domingo (13), segurando as lágrimas.


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