Eleito o 45o presidente dos Estados Unidos, o republicano Donald Trump terá maioria tanto na Câmara quanto no Senado.
De acordo com a rede CNN e o jornal "The New York Times" no início desta quarta-feira (9), os republicanos já garantiram as 51 cadeiras necessárias para obter maioria no Senado. Os democratas têm 47, e duas seguem indefinidas.
Na Câmara, os republicanos irão manter a maioria, com 235 cadeiras —é preciso ao menos 218 para controlar a Casa—, enquanto os democratas têm 191. Nove permanecem indefinidas.
Apesar do resultado, a maioria republicana é menos robusta do que a existente nos últimos dois anos.
As projeções anteriores à eleição apontavam que os democratas retomariam o controle do Senado —da mesma forma que indicavam certo favoritismo na corrida presidencial para Hillary Clinton, que acabou não se confirmando.
Segundo o "Washington Post", a congressista democrata Nancy Pelosi, da Califórnia, líder da minoria na Câmara, culpou a decisão do FBI de retomar as investigações sobre o uso de um servidor privado de e-mails por parte de Hillary Clinton quando secretária de Estado, a poucos dias da eleição, pelo "impacto decisivo" que tolheu o esforço do partido em conquistar mais cadeiras —Hillary acabou não sendo indiciada.
Deter a maioria nas duas Casas no Congresso pode facilitar a vida do novo presidente para passar reformas e mudanças em leis aprovadas sob o governo de Barack Obama —o "Washington Post" lembra que Trump criticou duramente, em diferentes momentos da campanha, medidas como o programa de saúde batizado de Obamacare e o acordo nuclear com o Irã.