Desde o começo deste mês, o Haiti sofre com os efeitos do furacão Matthew, que matou mais de 1.000 pessoas.
A Folha passou sete dias na região sul do país —a mais afetada pelas tempestades— acompanhando o trabalho de ajuda humanitária do Batalhão Brasileiro de Força de Paz (Brabat) na Minustah (Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti).
Lá, a reportagem conversou com vítimas do desastre em Les Cayes, Port Salut e Jérémie, três cidades no litoral haitiano que tentam se reconstruir após a devastação.
"O teto da casa voou. pedaços de madeira caíram sobre nós", disse uma vítima do furacão. "Parecia que era o fim do mundo, que todos iríamos morrer."
"Agora não tenho nem cama para dormir, eu durmo no chão", relatou um fazendeiro de 40 anos. "Para mim já deu."