Folha de S. Paulo


Ataque aéreo a clínica na Síria deixa quatro médicos mortos

Um ataque aéreo na noite desta terça-feira (20) a uma clínica perto da cidade de Aleppo, na Síria, deixou ao menos quatro médicos mortos e uma enfermeira gravemente ferida, informou a organização humanitária que administra o local.

O grupo, pertencente a União Internacional de Organizações de Ajuda e Assistência Médica (Uossm) estava em duas ambulâncias que haviam se dirigido ao local, no vilarejo de Khan Touman, para buscar pacientes.

O edifício onde fica a clínica, de três andares, desabou devido ao bombardeio

O Observatório Sírio de Direitos Humanos afirmou que ao menos 13 pessoas morreram no ataque, incluindo nove militantes rebeldes, entre eles membros do grupo Jabhat Fateh al-Sham, que possui um histórico de ligação com a rede Al Qaeda.

Omar haj kadour/AFP
Caminhão de comboio da ONU que levava ajuda humanitária destruído perto de Aleppo, no norte da Síria
Caminhão de comboio da ONU que levava ajuda humanitária destruído perto de Aleppo, no norte da Síria

"Este é um ato deplorável contra os trabalhadores de cuidados de saúde e instalações médicas", disse Khaula Sawah, chefe do escritório da Uossm nos EUA.

Não há até o momento informações sobre quem estaria por trás do ataque.

ATAQUE A COMBOIO

O vilarejo de Khan Touman fica próximo de onde um comboio de caminhões do Crescente Vermelho levando ajuda humanitária foi atacado na segunda-feira, deixando ao menos 20 mortos.

Em resposta, a agência de assistência humanitária da ONU suspendeu todos os seus comboios na Síria.

Um dos porta-vozes da ONU, Jens Laerke, disse que o retorno das entregas de ajuda humanitária dependeria de uma reavaliação das condições de segurança na Síria após o incidente.


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