O governador do Estado americano de Wisconsin, Scott Walker, pediu ajuda da Guarda Nacional neste domingo (14) para controlar os protestos nas ruas de Milwaukee, iniciados depois de um policial negro matar um suspeito também negro no bairro pobre de Sherman Park.
Um porta-voz da Guarda informou que 125 homens estão em alerta, à espera de instruções para agir caso seja necessário.
Pelo menos um carro de polícia, um posto de gasolina e quatro lojas foram incendiados pelos manifestantes na noite deste sábado (13).
De acordo com o Departamento de Polícia de Milwaukee, um agente de patrulha atirou contra um homem que fugia em um carro depois de ser parado numa blitz.
A polícia informou que o suspeito, Sylville K. Smith, 23, tinha um longo histórico criminal e levava no carro uma arma roubada e 23 projéteis. O comunicado não disse se ele atirou contra o policial antes de ser morto a tiros.
Segundo o prefeito de Milwaukee, Tom Barrett, fotos tiradas pela polícia mostram "sem nenhuma dúvida" que Smith tinha uma arma na mão.
Um segundo suspeito, que estava no veículo e tentou escapar, foi preso.
O policial envolvido no episódio, cuja identidade também não foi revelada, foi realocado para fazer serviços administrativos enquanto as autoridades investigam as circunstâncias do ocorrido.
Depois de uma madrugada tensa, a situação nas ruas de Milwaukee era mais tranquila, com poucos manifestantes nas ruas.
A Guarda Nacional já foi empregada em uma situação semelhante para conter os distúrbios em Ferguson, no Missouri, em agosto de 2014, após várias noites de protestos pela morte de Michael Brown, um jovem negro de 18 anos que estava desarmado, por um policial branco.
Foi após o episódio de Ferguson que emergiu o movimento Black Lives Matter (vidas negras importam), cujas manifestações denunciam abusos cometidos por policiais em abordagens a cidadãos negros.