Folha de S. Paulo


Japão faz cerimônia pelos 71 anos do ataque atômico a Hiroshima

Kyodo/Reuters
Doves fly over the Peace Memorial Park with a view of the gutted A-bomb dome at a ceremony in Hiroshima, western Japan, in this photo taken by Kyodo August 6, 2016. Mandatory credit Kyodo/via REUTERS ATTENTION EDITORS - THIS IMAGE WAS PROVIDED BY A THIRD PARTY. EDITORIAL USE ONLY. MANDATORY CREDIT. JAPAN OUT. NO COMMERCIAL OR EDITORIAL SALES IN JAPAN. ORG XMIT: TOK752
Pombas sobrevoam Memorial da Paz, em cerimônia pelos 71 anos do ataque à Hiroshima

Os japoneses relembraram neste sábado (6) o primeiro ataque atômico da história, realizado há 71 anos contra a cidade de Hiroshima.

Em 6 de agosto de 1945, às 08h15 locais, um bombardeiro B-29 americano batizado de Enola Gay sobrevoava a cidade do sul do arquipélago asiático e lançava a bomba atômica Little Boy.

Três dias depois, a cidade japonesa de Nagasaki foi alvo de um segundo ataque, com a bomba Fat Man. A devastação causada pelas bombas atômicas levou o Japão a se render dias depois, em 15 de agosto, e ao final da Segunda Guerra Mundial (1938-1945).

A bomba de Hiroshima causou uma explosão que elevou a temperatura no solo a 4.000 graus Celsius. Foram cerca de 140 mil mortos no ataque.

Neste sábado, 50 mil japoneses, entre eles o primeiro-ministro Shinzo Abe e representantes de dezenas de países, fizeram um minuto de silêncio no momento exato em que a bomba explodiu sobre a cidade.

Na cerimônia, o prefeito de Hiroshima, Kazumi Matsui, recordou a visita histórica do presidente americano, Barack Obama, em maio passado.

"Esta visita foi a prova de que o presidente Obama compartilha o profundo desejo de Hiroshima de não tolerar o mal absoluto", disse Matsui, que pediu aos líderes mundiais que tomem medidas para proibir a bomba atômica.

Obama foi o primeiro presidente americano em exercício a visitar a cidade desde o fim da guerra. Em seu discurso, o americano não se desculpou pelo uso das bombas (o que já era esperado), mas afirmou que o mundo tem a "responsabilidade compartilhada de olhar diretamente no olho da história e questionar o que deve ser feito para evitar um novo sofrimento como aquele".

Desde a visita de Obama à cidade, o parque e museu memorial locais registraram aumento no número de visitantes.

Hiroshima


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