Mais de 4.000 migrantes e refugiados morreram este ano durante seus deslocamentos, um aumento de 34,6% em relação ao mesmo período de 2015, anunciou nesta terça (2) a Organização Internacional para as Migrações (OIM).
Inicialmente, a organização havia relatado um aumento de 26%, mas um exame dos números usados como referência indica que o salto de 2.991 mortos em deslocamento para 4.027 é ainda maior, da ordem de 35%.
Um total de 4.027 migrantes perderam a vida quando tentavam cruzar o Mediterrâneo, estradas do norte da África e a fronteira entre a Turquia e a Síria, entre 1º de janeiro e 31 de julho deste ano, informa a entidade.
A grande maioria —3.120 pessoas— morreu na travessia do Mediterrâneo.
A rota marítima mais perigosa continua sendo a travessia para a Itália, que deixou 2.692 mortos, muito à frente dos itinerários a caminho da Grécia (383 mortos) e da Espanha (45 mortos).
Quanto aos desaparecidos no Mediterrâneo, a OIM aumentou nesta terça seu balanço, após a descoberta recente de 120 corpos nas praias da cidade líbia de Sabrata.
Nem a organização, nem a guarda-costeira líbia informaram se estes desaparecimentos se devem a um ou a vários naufrágios de embarcações de migrantes. Segundo o porta-voz da OIM, Joel Millman, parece que os passageiros tentavam chegar à Itália.
Reportagem da Folha publicada neste domingo (31) mostrou a letalidade da rota de migração a partir da Líbia.
Além do Mediterrâneo, o norte da África foi a região mais perigosa este ano, com 342 migrantes mortos.
Antonio Parrinello/Reuters | ||
Migrantes desembarcam na Sicília, no porto de Augusta, em junho |