Folha de S. Paulo


Dezenas de famílias deixam setor rebelde sitiado em Aleppo, na Síria

George Ourfalian/AFP
Syrians walk past heavily damaged buildings in the neighbourhood of Bani Zeid, on Aleppo's northern outskirts on July 29, 2016, as people come back to the previously rebel-held district, a day after Syrian government forces took control of it. Government forces have surrounded rebel-held districts in eastern Aleppo since July 17, sparking fears for an estimated 250,000 people who live there. / AFP PHOTO / GEORGE OURFALIAN
Edifícios destruídos por bombardeios em Aleppo, no norte da Síria

Dezenas de famílias que estavam sitiadas abandonaram o setor rebelde de Aleppo, no norte da Síria, utilizando um dos corredores humanitários abertos pelo regime de Bashar Al-Assad, informou a agência oficial Sana.

O Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH) também falou que neste sábado (30) "vários civis" saíram do setor leste da metrópole síria, sitiado, através de uma passagem do bairro de Salahedin.

Desde 17 de julho, 250 mil pessoas estão sitiadas no setor rebelde de Aleppo, que carece de muitos produtos básicos.

As evacuações ocorreram 48 horas após o regime de Assad e a Rússia, sua aliada, anunciarem a criação de três corredores humanitários par permitir que civis e rebeldes que desejassem depor as armas saíssem dos bairros controlados pelos rebeldes, sitiados, e passassem à parte da cidade controlada pelo governo.

"Nesta manhã, dezenas de famílias deixaram (a zona rebelde) através dos corredores (...) para permitir a saída dos cidadãos cercados por grupos terroristas nos bairros do leste", informou a Sana.

"Foram recebidos por membros do exército e levados de ônibus a refúgios temporários", acrescentou.

A agência disse que várias mulheres com mais de 40 anos abandonaram os bairros rebeldes e foram transportadas aos refúgios.

A agência publicou fotografias que mostravam dezenas de pessoas, em sua maioria mulheres e crianças, caminhando atrás de soldados e subindo em ônibus.

A televisão estatal também transmitiu imagens e disse que se tratava de moradores cruzando do leste ao oeste.

Após semanas de bombardeios e de cerco com a ajuda de seu aliado russo, o regime abriu vias de passagem para que os civis e os combatentes que queiram depor as armas deixem os bairros rebeldes, com o objetivo de conquistar o conjunto da segunda cidade do país, dividida desde 2012 em uma zona controlada pelo governo e outra pelos insurgentes.


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