Folha de S. Paulo


Mais de 100 mil venezuelanos vão à Colômbia fazer compras básicas

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Pelo segundo fim de semana consecutivo, o governo venezuelano abriu a fronteira com a Colômbia para permitir que dezenas de milhares de cidadãos cruzassem a divisa para comprar alimentos e remédios no país vizinho.

A fronteira está fechada por ordem da Venezuela há onze meses sob a justificativa do combate ao contrabando e a grupos paramilitares.

Segundo a Colômbia, mais de 100 mil pessoas cruzaram a fronteira desde sábado, quando os venezuelanos permitiram a passagem. O destino da travessia, ocorrida sem maiores incidentes, era a cidade colombiana de Cúcuta, cujos mercados e farmácias ficaram abarrotados.

"Vim comprar o que não se consegue [na Venezuela]: arroz, feijão, lentilha, açúcar, papel higiênico", disse à Reuters a funcionária pública Elizabeth Pérez, 47.

"Chegamos em grupo há alguns dias para esperar passar para a Colômbia. Estamos comendo só uma vez por dia", afirmou, ecoando o desespero que toma conta da Venezuela devido ao desabastecimento e à inflação.

A oposição culpa políticas chavistas, como controle de preço e câmbio, e ataques constantes ao setor produtivo.

Já o governo do presidente Nicolás Maduro se diz vítima de uma suposta "guerra econômica" travada por empresários golpistas.

Venezuelanos que fizeram a travessia postaram nas redes sociais imagens e vídeos de agradecimento aos colombianos. "Gracias Colombia" (obrigado Colômbia) esteve entre as maiores tendências do Twitter na Venezuela.

IRMÃO DE CHÁVEZ

Morreu neste domingo Aníbal Chávez, um dos irmãos ex-presidente Hugo Chávez (1999-2013), também falecido. Aníbal foi vítima salmonela bacteriana.

Ele tinha 59 anos e era prefeito de Sabaneta, a cidade natal de Hugo Chávez, no oeste venezuelano.


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