Folha de S. Paulo


Turquia prende 17 por ataques e culpa ex-soviéticos do Estado Islâmico

A Turquia prendeu, nesta terça-feira (5), 17 suspeitos, estrangeiros em sua maioria, pelos ataques a bomba na semana passada no principal aeroporto de Istambul, descritos pelo presidente Tayyip Erdogan como trabalho de militantes do Estado Islâmico vindos da ex-União Soviética.

As prisões recentes elevam para 30 o número total de pessoas presas, e ainda sem julgamento, pelos três ataques suicidas com bombas no Ataturk Airport, que deixaram 45 mortos e centenas de feridos, no mais mortal de uma série de ataques neste ano na Turquia.

O ataque foi seguido por grandes ataques em Bangladesh, Iraque e Arábia Saudita, todos aparentemente organizados para coincidir com o Edir al-Fitr, feriado que marca o fim do mês sagrado do Ramadan.

"O incidente com certeza está completamente dentro do padrão do Estado Islâmico, um processo conduzido com seus métodos", disse Erdogan a repórteres após rezar em mesquita em Istambul.

Três homens-bomba abriram fogo para criar pânico fora do aeroporto enquanto dois deles entraram e se explodiram. O terceiro militante detonou seus explosivos fora da entrada do terminal de desembarques internacionais.

"Há pessoas do Daguestão, Quirguistão, do Tajiquistão", disse Erdogan, referindo-se a uma província de maioria muçulmana na região russa do Norte Cáucaso, e duas ex-repúblicas da antiga União Soviética na Ásia Central. "Infelizmente, pessoas de países vizinhos no Cáucaso Norte estão envolvidas neste esquema."

A agência de notícias estatal turca Andoly relatou anteriormente que dois dos homens-bomba eram cidadãos russos. Uma autoridade governamental disse que os agressores eram da Rússia, Uzbequistão e Quirguistão.


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