Folha de S. Paulo


Veja os principais momentos da Al Qaeda após a morte de Bin Laden

A organização Al Qaeda continua sendo perigosa, apesar da morte de seu fundador, Osama bin Laden, assassinado por um comando americano no Paquistão em 2 de maio de 2011 [ainda 1º de maio no Brasil].

Estas são as datas-chave da história da Al Qaeda desde que, em 16 de junho de 2011, o egípcio Ayman al-Zawahiri substituiu Bin Laden como líder da organização.

*

30 de setembro de 2011
O americano-iemenita Anwar Al-Awlaqi, propagandista da Al Qaeda na Península Arábica (AQPA), morre no ataque de um drone americano, que também mata vários líderes da organização no Paquistão. A organização tem pouco dinheiro, mas mantém ativas suas filiais na África (Sahel, Somália) e no Oriente Médio (Iêmen e Iraque, onde a Al Qaeda ganha espaço desde 2011, na invasão americana).

11 de setembro de 2012
No dia do aniversário dos atentados de 11 de setembro de 2001, vários grupos armados, alguns relacionados à Al Qaeda, atacam o consulado dos Estados Unidos em Benghazi (Líbia). Quatro americanos morrem, entre eles o embaixador.

14 de setembro de 2012
Em meio a uma onda de protestos no mundo árabe contra um filme anti-Islã produzido nos Estados Unidos, um ataque contra a embaixada americana na Tunísia, atribuído a partidários de Seiffallah Ben Hasin, um veterano tunisiano da Al Qaeda, deixa quatro manifestantes mortos. Acredita-se que Ben Hasin tenha morrido em 2015 na Líbia em um ataque americano.

15 de setembro de 2012
A Al Qaeda pede o prosseguimento dos ataques contra alvos americanos.

11 de janeiro de 2013
A intervenção da França e de outros aliados africanos no Mali expulsa a Al Qaeda no Magreb Islâmico (AQMI) do norte do país. No dia 16 de janeiro, um grupo próximo ataca uma usina de gás na Argélia (40 civis e 29 criminosos mortos). A partir de julho de 2014, a França ampliará sua operação no Sahel junto a Mauritânia, Mali, Burkina Faso, Níger e Chade.

A AQMI volta a atacar o Mali em novembro de 2015 (20 mortos em Bamaco), e, em janeiro e março de 2016, realiza uma ofensiva em Burkina Faso (30 mortos em Uagadugu) e na Costa do Marfim (19 mortos em Grand Bassam).

10 de abril de 2013
Na Síria, a Frente al-Nosra jura fidelidade à Al Qaeda e, nos meses seguintes, se converte em um ator chave na guerra na Síria.

29 de junho de 2014
O grupo jihadista Estado Islâmico (EI), criado por militantes da Al Qaeda no Iraque, proclama de forma unilateral um califado no Iraque e na Síria. Esta declaração aumenta as rivalidades entre as duas organizações. No dia 3 de setembro de 2014, a Al Qaeda anuncia uma nova filial no subcontinente indiano que cobre Afeganistão, Paquistão, Índia, Bangladesh e Mianmar.

7 de janeiro de 2015
Atentado contra a revista satírica Charlie Hebdo em Paris (12 mortos), reivindicado pela AQPA. No dia 4 de novembro do mesmo ano, Zawahiri faz um apelo a novos ataques contra os países ocidentais.

Yoan Valat/Reuters
A person holds up a
Homenagem às vítimas do "Charlie Hebdo", em manifestação em janeiro deste ano, em Paris

2 de abril de 2015
A AQPA toma a cidade de Mukala, no Iêmen, de onde será expulsa um ano mais tarde. O grupo aproveitou a intervenção de uma coalizão liderada pela Arábia Saudita contra a rebelião xiita no país para reforçar sua presença no sul e no sudeste do Iêmen. No dia 22 de março de 2016, 71 combatentes da AQPA morrem em um ataque americano.

13 de agosto de 2015
Zawahiri jura fidelidade ao novo chefe dos talibãs, o mulá Akhtar Mansur.

13 de setembro de 2015
Zawahiri faz um apelo a partir da Turquia à unidade dos jihadistas, mas rejeita novamente o califado proclamado pelo EI.


Endereço da página:

Links no texto: