Folha de S. Paulo


Dengue e zika são "ameaça imediata" após terremoto no Equador, diz ONG

Doenças transmitidas por mosquitos, como os vírus da dengue e da zika, impõem uma "ameaça imediata" aos sobreviventes do devastador terremoto que atingiu o Equador no sábado (16), alertou a ONG Care.

Esforços para ajudar as mais de 24 mil pessoas cujas casas estão destruídas ou danificadas foram prejudicados por forte chuva, e o acesso à água limpa é uma das maiores necessidades das vítimas, disse a entidade nesta quinta-feira (21).

"Há muita água parada, o que aumenta consideravelmente o número de criadouros de mosquitos", afirmou por meio de um comunicado Lucy Harman, chefe da equipe de emergência da CARE no Equador.

Como resultado, continua Harman, "há um risco maior de doenças transmitidas por mosquitos, como a zika e a dengue".

Em janeiro, o Equador confirmou 22 casos do vírus da zika, que domina vários países da América Latina, com forte impacto no Brasil.

O terremoto de sábado matou pelo menos 570 pessoas e espalhou destruição. O governo estima que a reconstrução das áreas atingidas custará US$ 3 bilhões, cerca de 3% do PIB do país.

Stephen O'Brien, representante da ONU para assuntos humanitários, cobrou mais apoio aos sobreviventes do tremor.

"Instalações e insumos médicos são necessitados com urgência pelos feridos, assim como comida, água limpa e saneamento básico", afirmou O'Brien na quarta (20), após dois dias de visita ao Equador.


Endereço da página:

Links no texto: