Folha de S. Paulo


Corte condena israelense que queimou jovem palestino vivo em 2014

Uma corte distrital de Jerusalém rejeitou nesta terça-feira (19) a alegação de insanidade submetida por Yosef Haim Ben David e o considerou culpado pela morte de um adolescente palestino em julho de 2014.

O crime causou grande comoção e foi uma das causas para a escalada de violência entre israelenses e o grupo palestino Hamas em 2014.

Após avaliação psicológica, a corte decidiu que Ben David, 30, tinha "total conhecimento de suas ações" e o considerou culpado. Ele será sentenciado no dia três de maio e pode ser condenado à prisão perpétua.

Ahmad Gharabli-19.abr.16/AFP
Yosef Haim Ben David é escoltado pela polícia na Corte distrital
Yosef Haim Ben David é escoltado pela polícia na Corte distrital

Procuradores acusam Ben David de liderar o assassinato de Mohammed Abu Khdeir, 16, ocorrido após o rapto e morte de três jovens israelenses em julho de 2014. Os outros dois judeus que ajudaram no sequestro de Khdeir, que foi agredido, estrangulado e queimado vivo, receberam sentenças em fevereiro –um foi condenado à prisão perpétua e outro a 21 anos de prisão.

Os três acusados confessaram o crime e disseram que ele ocorreu em vingança à morte dos três jovens israelenses.

Em 2014, uma onda violência entre Israel e o Hamas foi desencadeada, motivada pelos assassinatos de Khdeir e dos três jovens israelenses.


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