Folha de S. Paulo


Ao menos 41 morrem em terremotos no Japão

Mais de 40 pessoas morreram após a ocorrência de dois fortes terremotos e uma série de tremores secundários no Japão no fim de semana.

O primeiro tremor, de magnitude 6.2, foi registrado na quinta-feira (14). No início da manhã de sábado (16), um segundo, mais forte, chegou a magnitude 7, segundo informações do serviço geológico dos Estados Unidos (USGS), que atualizou e corrigiu informação divulgada antes nas agências, que falava em magnitudes 6.4 e 7.3.

Jiji Press/AFP
Equipe de resgate busca pessoas presas em destroços de desabamento em Mimami-Aso
Equipe de resgate busca pessoas presas em destroços de desabamento em Mimami-Aso

Estima-se que 1.500 pessoas ficaram feridas, e quase 200 estão em estado grave. Segundo a Associated Press, o total de mortos chegou a 41 na tarde de sábado (16).

O epicentro do terremoto foi próximo à cidade de Kumamoto, que fica a cerca de 900 km ao sul de Tóquio. Ele ocorreu a uma baixa profundidade, de apenas 10 km, o que justifica os grandes danos causados.

Com os tremores, houve incêndios, e desabamento de pontes e edifícios. Segundo o governo japonês, há pessoas presas ou enterradas sob escombros. O Exército foi mobilizado, e 15 mil soldados trabalham em resgates.

Segundo a rede de TV japonesa NHK, mais de 150 mil pessoas na região receberam instruções para deixar a área. A preocupação do governo é que o mau tempo torne o solo ainda mais instável.

Editoria de Arte/Folhapress
Onde fica Ilha de Kyushu
Onde fica Ilha de Kyushu

O terremoto mais forte foi registrado durante a madrugada, o que fez com que muitas pessoas saíssem às ruas escuras debaixo de chuva. Muitas preferiram não voltar para casa por medo de novos tremores, e a TV do país mostrou famílias inteiras dormindo dentro de carros.

A informação inicial é de que nenhuma central nuclear foi afetada. No entanto, mais de 400 mil casas estão sem fornecimento de água e quase 200 mil residências tiveram a eletricidade cortada. A rede de transporte também sofreu grandes estragos, com estradas bloqueadas por deslizamentos e pontes e túneis danificados.

O premiê japonês, Shinzo Abe, disse que o governo ainda está apurando a extensão dos danos. Uma estimativa da USGS indica que o prejuízo financeiro pode passar de US$ 10 bilhões (cerca de R$ 35 bilhões)


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