Folha de S. Paulo


Irmão de suspeito de ataques em Paris diz que ele se recusou a se explodir

Salah Abdeslam, suspeito dos ataques de novembro em Paris, recusou-se a se explodir e a servir como homem-bomba nos atentados coordenados à cidade. A declaração foi feita por seu irmão Mohamed ao canal de TV francês BFM TV.

"Haveria mais vítimas se eu tivesse feito isso", disse Abdeslam, segundo seu irmão, que o visitou em uma prisão em Bruxelas, na Bélgica, na sexta-feira (1º). "Por sorte, eu não consegui ir até o fim."

No dia 13 de novembro, três homens-bomba se explodiram perto do Stade de France, onde França e Alemanha disputavam um amistoso, na presença do presidente François Hollande. Os ataques coordenados incluíram ainda disparos em cafés, restaurantes e a tomada da casa de shows Bataclan.

Os ataques deixaram 130 mortos.

Uma corte belga decidiu nesta quinta-feira (31) que Abdeslam pode ser extraditado para a França.

Segundo Mohamed, Abdeslam quer colaborar com as autoridades francesas porque tem contas a acertar, mas não com a Bélgica.

Um advogado do suspeito afirmara esta semana que ele está disposto a colaborar com as autoridades francesas. Depois de sua prisão em 18 de março, quatro meses depois dos ataques na França, Abdeslam respondeu a algumas das questões dos investigadores, mas depois exerceu seu direito de permanecer em silêncio depois dos ataques em Bruxelas, em 22 de março.

Investigadores acreditam que os ataques em Paris e em Bruxelas foram realizados pela mesma rede do Estado Islâmico.


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