Folha de S. Paulo


Estado Islâmico reivindica ataques em Bruxelas, na Bélgica

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A facção Estado Islâmico reivindicou os ataques em Bruxelas nesta terça-feira (22), afirmou uma agência afiliada à milícia.

Segundo o Ministério do Interior belga, os atentados deixaram ao menos 31 mortos e mais de 300 feridos ao atingir a estação de metrô de Maelbeek, que fica a poucos metros da sede da União Europeia, e a área de embarque do aeroporto internacional de Zaventem, nos arredores da capital belga.

"Combatentes do Estado Islâmico realizaram uma série de explosões com cinturões com explosivos e outros dispositivos, tendo como alvo um aeroporto e uma estação do metrô na capital belga", disse a agência Amaq.

De acordo com postagem da Amaq, outro suicida lançou o ataque na estação de metrô.

De acordo com a agência, os ataques foram uma resposta ao apoio belga à coalizão internacional que combate a facção.

A Bélgica elevou seu alerta terrorista para o seu nível mais alto, desviando aviões e trens e ordenando as pessoas a se manterem longe dos locais atingidos.

Aeroportos em toda a Europa imediatamente aumentaram sua segurança.

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Estado Islâmico

De acordo com o promotor belga Frederic Van Leeuw, as autoridades procuram um suspeito de envolvimento nos atentados no aeroporto. Ele teria fugido após outros dois homens "provavelmente" terem se suicidado na ação.

Imagens de câmeras de segurança mostram o homem vestido com uma jaqueta de cores claras, chapéu preto e óculos de sol.

Promotores federais belgas disseram ter encontrado um "dispositivo explosivo com pregos", produtos químicos e uma bandeira do Estado Islâmico durante uma busca realizada no bairro de Schaerbeek, em Bruxelas, após os atentados.

PLANO

Segundo uma autoridade de Inteligência iraquiana, fontes na cidade síria de Raqqa afirmaram que o EI planejava há dois meses realizar ataques na Europa que teriam como "alvo aeroportos e estações de trem".

À Associated Press, a autoridade afirmou que os países europeus foram avisados sobre os planos, "mas que Bruxelas não fazia parte deles na época".

Ainda de acordo com a autoridade entrevistada pela AP, os combatentes do EI resolveram realizar a operação na capital belga "por causa da prisão de Salah Abdeslam", na sexta-feira (18). Abdeslam é um dos participantes dos ataques em Paris, que deixaram 130 mortos em novembro.

Ataques do Estado Islâmico


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