Folha de S. Paulo


Obama anuncia novas medidas para driblar sanções a Cuba

Pouco mais de um ano após sua reaproximação diplomática de Cuba, os Estados Unidos anunciaram nesta terça-feira (26) o relaxamento de restrições a exportações para o país. É mais um passo do governo de Barack Obama para energizar os laços econômicos bilaterais, suspensos por décadas de sanções norte-americanas a Havana.

As novas regras permitem que bancos dos EUA ofereçam financiamento direto para a exportação de qualquer produto para a ilha, com exceção dos agrícolas, que são barrados pelo embargo.

Antes dessas medidas, os artigos norte-americanos exportados para Cuba tinham que ser pagos antecipadamente em dinheiro ou enviado por meio de um terceiro país, o que dificultava e encarecia as transações.

Behar Anthony - 29.set.2015/Efe
O ditador cubano, Raúl Castro, e o presidente dos EUA, Barack Obama, na sede da ONU em setembro
O ditador cubano, Raúl Castro, e o presidente dos EUA, Barack Obama, na sede da ONU em setembro

Desde que anunciou a reaproximação, em dezembro de 2014, o presidente Obama tem usado seus poderes executivos para driblar as sanções econômicas a Cuba, que só podem ser suspensas pelo Congresso.

Entre as medidas tomadas no último ano estão a reabertura das embaixadas, a retirada de Cuba da lista de países que patrocinam o terrorismo e o relaxamento de regras para viagens e negócios.

Segundo o secretário do Tesouro, Jacob J. Lew, as mudanças anunciadas nesta terça, assim como as que foram implementadas nos últimos meses, contêm uma "clara mensagem ao mundo" de que os EUA estão comprometidos em "fortalecer e permitir os avanços econômicos do povo cubano".

Além da facilitação das exportações, o novo relaxamento das sanções também inclui medidas para estimular o intercâmbio cultural, simplificando para cidadãos norte-americanos a realização de atividades na ilha em áreas como jornalismo, cinema e música.

Em comunicado, a Casa Branca reitera que um dos principais objetivos da política de reaproximação de Obama com Cuba é estimular a abertura econômica e política do país.

"Assim como os EUA estão fazendo a sua parte para remover impedimentos que limitaram os cubanos, nós exortamos o governo cubano a tornar mais fácil para seus cidadãos começar negócios, se engajar em comércio e acessar informação on-line", diz a nota.


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