O presidente da Argentina, Mauricio Macri, escolheu nesta terça-feira (15) um ex-funcionário do governo de Carlos Menem (1989-99) para ser embaixador no Brasil.
Carlos Magariños, 53, foi secretário de indústria e mineração no governo de Menem e adido comercial na embaixada argentina em Washington, entre 1993 e 1997.
Depois disso, foi diretor-gerente do braço das Nações Unidas para o desenvolvimento industrial (Unido).
| Lula Marques - 11.jul.1996/Folhapress | ||
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| Magariños (sentado) em 1996, com os então ministros Domingo Cavallo (centro) e Francisco Dornelles |
O futuro embaixador é atualmente dono de duas consultorias, que prestam serviços a empresas com negócios no exterior: a Prospectiva 2020 e a Global Business Development Network.
Em 2013, lançou o livro "Argentina 4.0", em que desenvolve questões que o aproximam de Macri, como a "nova política", advogada pelo presidente, em que os políticos se aproximam dos cidadãos com a ajuda da tecnologia, abandonando as hierarquias partidárias.
Fontes da diplomacia argentina dizem que Magariños é também amigo do presidente, de quem se aproximou quando o político era empresário, nos anos 1990, e não fala português. Na noite desta terça, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil anunciou em nota que concedeu a Magariños o agrément (aval do país que irá receber o novo embaixador).
Segundo a chanceler argentina Susana Malcorra, a área técnica do ministério tenta acelerar a aprovação dos nomes para postos considerados "críticos", sem a aprovação no Senado.
Também foram nomeados novos embaixadores nos EUA e na China.
Colaborou São Paulo