Folha de S. Paulo


Presidente do BC argentino renuncia e abre caminho para equipe de Macri

O kirchnerista Alejandro Vanoli renunciou nesta quarta-feira (9) ao comando do Banco Central argentino. A decisão é anunciada um dia antes da posse do novo presidente da Argentina, Mauricio Macri.

A saída de Vanoli era uma das condições que a equipe econômica de Macri colocava para poder conseguir eliminar as restrições à venda de moeda estrangeira. O cargo foi entregue nesta tarde à atual mandatária, Cristina Kirchner.

Marcos Brindicci - 6.out.2014/Reuters
O presidente do Banco Central argentino, Alejandro Vanoli, renunciou um dia antes da posse de Macri
O presidente do Banco Central argentino, Alejandro Vanoli, renunciou um dia antes da posse de Macri

"Tenho a honra de dirigir-me à senhora para colocar à disposição meu cargo de presidente do Banco Central. Minha decisão é clara e irrevogável", disse, em carta a Cristina.

"Acho que seria oportuno analisar a pertinência de uma modificação normativa para que coincida o início e o final do mandato do presidente do Banco Central com o do presidente da República."

O peronista havia assumido o cargo em outubro de 2014. A duração de seu mandato gerou controvérsia —Vanoli dizia que ficaria no cargo até 2019, quando analistas consideravam que seu período terminaria em setembro de 2016.

Agora, quem assume a instituição é o economista Federico Sturzenegger, ex-presidente do Banco Ciudad, pertencente ao governo da cidade de Buenos Aires, governada por Mauricio Macri desde 2007.

Segundo o jornal "La Nación", os dois se reuniram nesta quarta para acertar detalhes da transição no cargo. Além de Vanoli, também renunciou o vice-presidente do Banco Central, Miguel Angel Pesce.

A publicação também afirma que os integrantes do governo Macri planejam também retirar os outros nove membros da diretoria do banco, cinco dos quais foram nomeados pelo último ministro de Economia de Cristina, Axel Kicillof.


Endereço da página:

Links no texto: