Apesar do recuo no pedido de punição à Venezuela no âmbito do Mercosul, o presidente eleito da Argentina, Mauricio Macri, insiste na liberação de políticos presos pelo governo de Nicolás Maduro.
Nesta terça (8), Macri publicou em sua conta no Facebook um texto em que felicita os venezuelanos pela eleição de domingo (6), quando a oposição se impôs com ampla vantagem sobre aliados de Maduro na formação do novo parlamento do país.
Macri saudou aos políticos da oposição, representada pela Mesa de Unidade Democrática, próxima ao presidente eleito argentino, e aos governistas do Partido Socialista Unido da Venezuela, o mesmo do presidente Nicolás Maduro.
Lílian Tintori, mulher do político Leopoldo López, condenado a quase 14 anos de prisão na Venezuela, esteve na Argentina no dia da eleição argentina e comemorou, com Macri, sua vitória sobre o candidato de Cristina Kirchner, que apóia Maduro.
"Temos a esperança de que em breve sejam liberados os presos políticos e que isso abra um caminho promissor para a democracia na Venezuela", afirmou o presidente eleito.
Em entrevista nesta segunda (7), a chanceler Susana Malcorra disse que, após a eleição venezuelana, não há "fatos concretos" para pedir uma punição contra Venezuela.
"Hoje podemos dizer que as eleições [venezuelanas] transcorreram dentro do marco democrático, tudo indica que os resultados foram aceitos pelo presidente [Nicolás] Maduro. Temos que ver como isso tudo vai terminar, mas nada indica que haja uma razão para acionar a cláusula democrática", afirmou Malcorra.
Dois dias depois da eleição na Venezuela, Cristina Kirchner ainda não se pronunciou sobre o resultado eleitoral no país.