Folha de S. Paulo


Líder francês culpa Estado Islâmico por 'ato de guerra'; há 129 mortos

O presidente da França, François Hollande, culpou neste sábado (14) o "exército jihadista do Estado Islâmico (EI)" de ter realizado um "ato de guerra contra a França" com seus ataques em Paris nesta sexta-feira (13), que deixaram 129 mortos e cerca de 352 feridos –99 deles em estado grave, de acordo com o procurador-geral François Molins.

Segundo Molins, sete terroristas morreram.

Os franceses deverão fazer um minuto de silêncio ao meio-dia (9h de Brasília) na próxima segunda-feira (16).

"O que aconteceu ontem [sexta] em Paris e em Saint-Denis (onde está o Stade de France) é um ato de guerra e, frente à guerra, o país deve tomar as decisões apropriadas", afirmou Hollande, em um tom emocionado e firme.

Para o presidente, os extremistas pretendiam atentar contra "os valores que defendemos por todo o mundo (...), contra o que somos, um país livre que fala ao conjunto do planeta".

"É um ato de guerra que foi preparado, organizado e planejado no exterior e teve cumplicidades internamente. A investigação esclarecerá os fatos", disse.

Hollande qualificou os atentados de "ato de uma barbárie absoluta".

Após apelar à unidade da pátria, o presidente se mostrou convencido de que "a França é forte e, embora possa ser ferida, se levanta sempre e nada poderá tombá-la".

Otan

Para o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, os atentados são mais uma batalha entre extremistas e partidários de valores democráticos do que um combate entre o mundo islâmico e o mundo ocidental.

"O importante agora é enfatizar que condenamos fortemente as atrocidades e os ataques de que foram vítimas pessoas inocentes em Paris", disse Stoltenberg à AFP.

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