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Hollande decreta emergência e fecha fronteiras após ataques em Paris

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O presidente da França, François Hollande, decretou estado de emergência e fechou as fronteiras de todo o país após a série de ataques que atingiu a capital Paris, deixando dezenas de mortos nesta sexta-feira (13).

Em discurso na televisão francesa, ele anunciou também que o enviou o Exército às ruas para cercar as saídas de Paris e a fronteira. O presidente disse ainda que a operação para encontrar os responsáveis ainda não terminou.

Para o presidente, as forças de segurança "enfrentam ataque único". "Frente ao terror, a França deve ser forte, tem que ser forte. O que os terroristas querem é nos assustar, mas enfrentam uma nação que sabe se defender."

O presidente, que cancelou sua participação no G20 neste fim de semana, também pediu que a população se mantenha unida e calma. Depois de se dirigir à população pela televisão, Hollande entrou em uma reunião de gabinete de ministros para discutir as próximas ações do governo francês.

Mapa: Onde foram os ataques

Esta é a primeira vez que as autoridades francesas decretam estado de emergência em todo o país desde a Guerra da Argélia (1954-1962). Com a medida, o governo tem poder de controlar o tráfego e fechar espaços públicos.

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REPERCUSSÃO

Além de Hollande, autoridades de todo o mundo começaram a se manifestar sobre o atentado. Em pronunciamento na Casa Branca, o presidente dos EUA, Barack Obama, ofereceu seu apoio e suas condolências à França.

Ele prometeu continuar em cooperação com a França para combater o terrorismo. "Este não é um ataque só a Paris ou à França, mas um ataque à forma como pensamos e aos valores que dividimos."

A chanceler alemã, Angela Merkel, disse estar "profundamente chocada". "Nestas horas, meus pensamentos vão para as vítimas desses ataques que parecem terroristas, a seus entes queridos e a todos os moradores de Paris."

Pelo Twitter, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, também ofereceu ajuda. "Estou chocado pelos eventos em Paris nesta noite. Todos meus pensamentos e orações para a população francesa."

A União Europeia também se manifestou. "Estamos profundamente chocados pelos eventos em Paris. Somos solidários à situação e estamos junto com os franceses", disse o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, condenou os ataques terroristas e chamou os acontecimentos de Paris de "dolorosos". "Em nome de todo o povo venezuelano, expresso a solidariedade com o povo da França e com o governo do presidente Hollande. Compartilhamos a dor e a angústia das notícias que nos chegam."


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