Folha de S. Paulo


Terceiro debate entre republicanos 'poupa' líderes nas pesquisas

O terceiro debate entre pré-candidatos republicanos à Casa Branca, nesta quarta-feira (28), não teve o protagonismo dos líderes nas pesquisas, o neurocirurgião aposentado Ben Carson e o magnata Donald Trump.

O evento, sediado pela rede de televisiva CNBC, foi marcado por críticas à mídia e tentativas de aparecer do ex-governador da Flórida Jeb Bush, filho e irmão de ex-presidentes, cujo desempenho nas pesquisas está aquém do esperado.

Bush atacou seu pupilo, o senador Marco Rubio, que fora criticado por um jornal local sobre sua ausência em votações no Legislativo da Flórida. "Marco, você foi eleito para um mandato de seis anos. Apenas renuncie e deixe alguém com o trabalho."

Rubio contestou a estratégia do correligionário de atacá-lo para obter vitória. "Alguém o convenceu de que isso será bom para você. Não estou competindo com você. Estou lutando pelo país."

O senador pelo Texas Ted Cruz, ligado ao movimento conservador Tea Party, ocupou todo o tempo de uma resposta para criticar os moderadores, cujas perguntas "mostram por que a população americana não confia mais na mídia". Ele acusou os jornalistas de tentarem provocar uma guerra entre os pré-candidatos. "Que tal falar sobre as questões com as quais as pessoas de verdade se preocupam?", questionou.

Com o tema "seu dinheiro, seu voto", o debate discorreu sobre temas econômicos. Carson, que ultrapassou Trump e está em primeiro lugar nas intenções de voto, insistiu na necessidade de reduzir o tamanho do Estado: "O governo não pode fazer parte de cada aspecto da nossa vida".

Trump, cuja campanha se destacou por insultos a adversários de ambos os partidos, disse "gostar muito" de alguns colegas no palco e ainda ouviu um elogio: o ex-governador do Arkansas Mike Huckabee disse que o "amava" e brincou que estava com uma gravata do magnata.

Após o debate, Trump declarou ainda que "gosta muito" de Ben Carson e o "respeita muito".

CÂMARA DOS DEPUTADOS

Mais cedo na quarta, o deputado Paul Ryan, que concorreu a vice-presidente em 2012, foi nomeado o candidato republicano para disputar a presidência da Câmara dos EUA, em reunião fechada.

Como os republicanos têm maioria, a nomeação indica que Ryan será o sucessor de John Boehner, que renunciou diante da pressão da ala mais conservadora da legenda. Ryan obteve o compromisso de apoio desse grupo.


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