O irmão do assassino do primeiro-ministro israelense Yitzhak Rabin (1922-1995) foi detido na noite de terça-feira (27) após publicar em uma rede social supostas ameaças contra o presidente de Israel, Reuven Rivlin, informou nesta quarta a mídia local.
O detido, Hagai Amir, escreveu em seu perfil do Facebook que "tinha chegado o momento de Rivlin e o Estado sionista desaparecerem do mundo, como desapareceu Sodoma, devido aos crimes que cometeram com o respaldo da lei contra nosso povo, e esse dia não está longe".hoje ele
A polícia decidiu prender Amir após interrogá-lo em uma delegacia próxima a Tel Aviv e deve ser posto à disposição judicial.
| Yossi Zeliger/AFP | ||
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| Hagai Amir comparece a corte de Tel Aviv após publicar ameaças a presidente em rede social |
O irmão do detido também escreveu que o atual chefe de Estado israelense era um "político adulador" e que ele não decidirá quando seu irmão será libertado ou não, "só Deus pode decidir, assim como Deus decidiu que Rabin morreria".
Amir cumpre prisão perpétua e nunca se arrependeu de seus atos, com os quais pretendia frustrar o processo de paz iniciado por Rabin com os palestinos em 1993 por meio dos acordos de Oslo.
Na mesma página, Hagai Amir recuperou um discurso pronunciado no domingo por Rivlin no qual assegurava que enquanto for presidente de Israel nunca assinaria o indulto a seu irmão, a quem chamou de "esse homem maldito".
Em Israel, a Presidência é um cargo em grande parte cerimonial. A chefia de governo é exercida pelo primeiro-ministro.
Israel lembrou nesta semana o 20° aniversário (pelo calendário judaico) do assassinato de Rabin, que recebeu dois disparos do extremista judeu Yigal Amir ao término de uma manifestação a favor da paz em Tel Aviv em 4 de novembro de 1995.
Hagai foi condenado junto a seu irmão pelo crime e cumpriu 16 anos de prisão até ser libertado, em 2012, sob protestos de apoiadores de Rabin.