Folha de S. Paulo


Biden contesta Hillary e aumenta rumor sobre disputa à Casa Branca

O vice-presidente dos EUA, Joe Biden, apresentou uma nova versão sobre os bastidores da operação que, segundo a Casa Branca, matou Osama bin Laden em 2011.

Ao contestar Hillary Clinton, ex-secretária de Estado e pré-candidata democrata, ele reforçou a especulação sobre sua esperada postulação presidencial.

Biden disse, nesta terça-feira (20), que ele, sim, incentivou o presidente Barack Obama a invadir a mansão do terrorista, em Abbottabad, no Paquistão. A versão oficial, mencionada publicamente por Obama, Hillary e pelo próprio Biden até então, era que ele não teria apoiado a invasão.

Hillary advoga para si o papel de incentivadora da operação e mencionou em seu livro "Hard Choices" (escolhas difíceis, em tradução livre), de 2014, que Biden era "cético" quanto à estratégia.

O vice-presidente confrontou sua potencial adversária na disputa pela nomeação democrata e deu a entender que soube da estratégia em agosto de 2010, antes dela. "A maior parte das autoridades não soube até janeiro ou fevereiro [de 2011]", afirmou em evento na Universidade de Minnesota.

Pesquisa do "Wall Street Journal" e da rede NBC News mostrou que Hillary abriu vantagem na intenção de votos. Ela passou de 42% em setembro para 49% em outubro. O senador Bernie Sanders caiu de 35% para 29%. Biden saiu de 17% para 15%.

Com menos de 1% dos votos, o ex-senador Jim Webb desistiu de disputar a nomeação do Partido Democrata. Também nesta terça, ele anunciou que descartava "qualquer tentativa de ser o indicado", sugerindo que poderá concorrer como independente.


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