Folha de S. Paulo


Após ataques com faca, Israel adota medidas de segurança

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Israel aprovou neste domingo (18) a adoção de medidas de segurança mais rígidas após o aumento do número de agressões palestinas com arma branca e o ataque a um grupo de israelenses que visitava ilegalmente um local sagrado na Cisjordânia, que foi incendiado na sexta (16).

O incidente no túmulo de José, na Cisjordânia ocupada, e os ataques praticamente diárias desde 1º de outubro provocaram uma espiral de violência e o temor de uma nova intifada nos territórios palestinos ocupados.

Israel estabeleceu postos de controle nas zonas palestinas de Jerusalém Oriental, de onde procedem vários agressores com faca, e reforçou as patrulhas com centenas de soldados.

Quarenta e um palestinos, boa parte deles agressores com facas, morreram desde o início dos confrontos, que deixaram sete vítimas fatais do lado israelense.

ATAQUE

Neste domingo (18), vários israelenses que visitavam o túmulo de José na Cisjordânia ocupada, ponto sagrado do judaísmo que foi incendiado na sexta, foram atacados por palestinos antes de uma ação do exército que retirou todos do local.

O grupo entrou em Nablus sem autorização do exército na madrugada de domingo. Uma vez no local, os israelenses foram atacados por palestinos. Pouco depois foram retirados por soldados israelenses, que coordenaram a operação com policiais palestinos.

De acordo com a rádio militar, quase 30 israelenses visitaram o túmulo de José para rezar no local e cinco foram detidos por entrada sem autorização em Nablus.

A polícia israelense considerou a visita "totalmente irresponsável" e disse que o incidente "poderia ter acabado de forma trágica".

Para os judeus, o local é o túmulo de José, um dos 12 filhos de Jacó. Mas também é venerado pelos muçulmanos —que acreditam que o túmulo pertence a uma figura religiosa local—, e pelos samaritanos, uma seita separada do judaísmo.

Após o sábado de extrema violência, no entanto, quase 2.000 manifestantes se reuniram durante a noite no centro de Jerusalém, convocados por organizações israelenses de esquerda com o lema "Judeus e árabes se negam a ser inimigos".


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