Apoiado por bombardeios russos, o Exército da Síria iniciou nesta quarta-feira (7) uma grande ofensiva por terra contra posições de rebeldes no centro do país, disse uma autoridade do país em condição de anonimato à agência de notícias Associated Press.
Após sofrerem uma série de derrotas, as tropas leais ao ditador Bashar al-Assad parecem ter sido encorajadas pelos bombardeios russos, iniciados há uma semana, a retomar os combates contra grupos rebeldes envolvidos na guerra civil.
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O Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, organização baseada no Reino Unido, disse que o regime sírio iniciou sua ofensiva em quatro frentes na manhã desta quarta-feira contra redutos da oposição. Os pontos atacados ficam nas províncias de Hama e Idlib, próximos à estrada que liga a capital, Damasco, a Aleppo, maior cidade síria e importante polo comercial.
Segundo o diretor do Observatório, Rami Abdurrahman, os combates desta quarta-feira são os "mais intensos em meses".
Citando uma autoridade militar anônima, a emissora oficial síria informou que aviões russos atacaram posições do EI nas cidades de Al-Bab e Deir Hafer na província de Aleppo, no norte da Síria.
O ministro da Defesa russo, Serguei Shoigu, disse nesta quarta-feira que seu país usou navios de guerra no mar Cáspio para lançar 26 mísseis contra a facção radical Estado Islâmico (EI) na Síria.
Desde que começou seus bombardeios na Síria, a Rússia é criticada pelo Ocidente por supostamente ter atacado posições de rebeldes sírios apoiados pelos EUA, por enviar mais soldados e navios em apoio a Assad e por invadir o espaço aéreo da Turquia.
Embora a ofensiva desta quarta-feira represente uma importante escalada militar no conflito sírio, não está claro se ela resultará em ganhos rápidos para o regime de Assad em um conflito que já se arrasta por mais de quatro anos.