Israel convocou cerca de 800 policiais reservistas para Jerusalém nesta sexta (18), após confrontos entre palestinos e israelenses extrapolarem os limites da Cidade Velha, onde vinham ocorrendo desde o último domingo (13).
Foram reportados protestos contra Israel nas cidades de Ramallah, Hebron e Nablus, na Cisjordânia, após as preces tradicionais de sexta-feira. Os soldados israelenses dispersaram com gás lacrimogêneo e canhões de água jovens que arremessavam pedras.
Ahmad Gharabli/AFP | ||
Soldados israelenses prendem jovem palestino durante protesto em Shuafat, no leste de Jerusalém |
Oito palestinos ficaram gravemente feridos a tiros nos confrontos, segundo o Crescente Vermelho, braço da Cruz Vermelha.
De acordo com Israel, três foguetes foram lançados da faixa de Gaza contra o seu território, em Ashkelón e Sderot, sem causar vítimas. Nenhuma milícia reivindicou o ataque.
Até esta sexta, a maioria dos enfrentamentos havia sido registrada na Esplanada das Mesquitas (Monte do Templo, para os judeus) durante o Ano-Novo judaico, que foi celebrado de domingo (13) à terça (15).
Segundo os palestinos, nos últimos dois meses israelenses vêm restringindo o acesso de alguns muçulmanos à Esplanada com o propósito de transformar o local em ponto de visita exclusivamente judaico. Israel nega e diz que a medida é para evitar tensões.
De acordo com as regras vigentes, os judeus (assim como fiéis de outras religiões) são autorizados a entrar no complexo, que abriga a importante mesquita de Al-Aqsa, mas não podem rezar ali.
Nesta sexta (18), muçulmanos com menos de 40 anos foram impedidos de rezar na Esplanada.