Folha de S. Paulo


Polícia húngara usa gás lacrimogêneo em centro para migrantes

A polícia da Hungria usou gás lacrimogêneo para conter um tumulto com cerca de 200 migrantes nesta quarta-feira (26) em um centro de recepção na cidade de Roszke, próximo à fronteira com a Sérvia.

Segundo policiais, o conflito começou quando migrantes perderam a paciência devido ao atraso no processo de registro de pedidos de asilo devido ao crescente fluxo de requerentes. Depois de algum tempo, a situação parecia ter se normalizado.

A crise migratória na Hungria se intensificou nesta terça-feira (25) com a chegada do número recorde de 2.533 migrantes clandestinos, que atravessam cercas de arame farpado improvisadas na fronteira com a Sérvia.

Apenas na manhã desta quarta, 1.302 migrantes foram detidos ao tentar atravessar fronteira, segundo as autoridades.

Os migrantes se apressam para cruzar a fronteira, pois a Hungria deve concluir em breve a construção de uma cerca definitiva de 175 quilômetros de extensão a fim de conter o fluxo de pessoas.

Para reforçar a segurança, o governo húngaro avalia enviar mais de 2.000 soldados à fronteira com a Sérvia a partir de setembro.

Muitos dos migrantes vêm de países como a Síria, o Afeganistão e o Paquistão. A maioria deles atravessa o leste europeu para tentar chegar a países da União Europeia mais ricos, como a Alemanha e a Suécia.

Na semana passada, o fluxo de migrantes se intensificou na Sérvia após a Macedônia desistir das tentativas de conter à força os migrantes. A polícia macedônia chegou a usar bombas de gás lacrimogêneo e efeito moral para impedir que cruzassem a fronteira a partir da Grécia.


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