Folha de S. Paulo


Cuba inaugura 35 pontos de internet wi-fi em toda a ilha

O governo cubano abriu 35 pontos de internet sem fio em espaços públicos de todo o país nesta semana. Trata-se de uma iniciativa sem precedentes na ilha caribenha, onde o uso da rede banda larga era restrito a computadores do governo e de hotéis de luxo.

Segundo a agência da ONU International Telecommunication Union (ITU), em 2013, apenas 3,4 % dos lares cubanos tinham intranet ou acesso a internet. No Brasil, em 2012, esse índice era de 39,6%.

"Já era hora de Cuba ser capaz de se conectar. Todos têm direito à internet", disse Alejandro Costa, que utilizou o wi-fi na quinta (2). O serviço, controlado pela estatal de comunicações Etecsa, é pago e custa US$ 2 por cada hora de conexão. O preço ainda é exorbitante em relação ao salário da maioria da população, que ganha em média US$ 20 mensais.

Em junho, ao anunciar o projeto ao site Juventud Rebelde, o diretor de Comunicações da Etecsa, Luis Manuel Díaz Naranjo, disse que cada ponto de conexão suportaria de 50 a 100 usuários simultaneamente. O serviço é feito com equipamentos da empresa chinesa Huawei.

Em uma rua de Havana conhecida como La Rampa na quinta (2), cubanos levavam smartphones para ter acesso à rede sem fio e navegar principalmente em redes sociais, como o Facebook. Os aparelhos podem ser comprados em lojas estatais e no mercado negro, mas muitos são presenteados por amigos e parentes que vivem no exterior.


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