A facção radical Estado Islâmico (EI) lançou uma ofensiva surpresa nesta quinta-feira (25) sobre duas cidades estratégicas no norte da Síria: Kobani e Hasaka.
Em Kobani, reduto curdo que resistiu ao avanço da milícia após meses de combate ao longo de 2014, os milicianos avançaram logo de manhã disfarçados com uniformes e bandeiras do Exército Livre da Síria, outro grupo de oposição ao regime do ditador Bashar Assad.
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| Fumaça sobe na cidade de Kobani após ataque da facção radical Estado Islâmico |
A facção detonou dois carros bomba, um dentro da cidade e outro em um posto de fronteira com a Turquia, deixando pelo menos 40 pessoas feridas. Além disso, milicianos executaram ao menos 20 civis curdos e feriram outras 15 na aldeia de Barj Butan, ao sul de Kobani.
Após a ofensiva, tropas curdas, apoiadas por ataques aéreos da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos, enfrentavam os combatentes do EI. Alguns feridos atravessaram a fronteira com a Turquia em busca de atendimento médico.
| Editoria de Arte/Folhapress |
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Simultaneamente, O EI atacou a cidade de Hasaka, cujo controle é dividido pelas tropas curdas e pelo regime sírio. Os combatentes avançaram sobre partes no sul da cidade, tomando o controle de alguns distritos.
De acordo com a TV estatal síria, milicianos expulsaram moradores de suas casas, executando algumas pessoas e detendo outras. Há algumas semanas, a facção havia tentado avançar sobre a cidade, mas foi impedida pelas tropas do regime.
Os dois ataques surpresas ocorrem após alguns recuos do EI, incluindo derrotas próximo a Raqqa, capital do califado proclamado pela facção em agosto em regiões da Síria e do Iraque.
"O moral do EI ruiu após os avanços nas áreas rurais de Raqqa", disse ao jornal britânico "The Guardian" o porta-voz das tropas curdas, Redur Xelil. "Eles estão tentando aumentar o moral de seus combatentes e apoiadores, e mostrar que ainda têm força e podem atacar outras áreas."