Folha de S. Paulo


Atirador branco que invadiu igreja nos EUA matou vítimas 'por serem negras'

A polícia afirmou nesta quinta-feira (18) que as nove vítimas do ataque de um atirador branco em uma igreja em Charleston, na Carolina do Sul (EUA), "foram mortas por serem negras", reforçando as evidências de que o crime teria sido motivado por ódio racial.

"Elas [as vítimas] foram mortas por serem negras", afirmou à rede de TV CNN o porta-voz da polícia, Charles Francis.

Segundo testemunhas, antes de iniciar os disparos, o atirador se levantou e disse que estava na ali para "matar pessoas negras".

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Identificado como Dylann Roof, 21, o suspeito pelo ataque foi preso pela polícia.

Roof acompanhou uma prece em grupo na Igreja Metodista Episcopal Africana Emanuel durante uma hora antes de abrir fogo, informou a polícia.

Segundo o legislador estadual Larry Grooms, além do atirador, havia 12 pessoas na igreja no momento do ataque. Dos três sobreviventes, um ficou ferido.

Segundo a CNN, uma sobrevivente contou a familiares que o atirador havia afirmado que não a mataria para que ela pudesse relatar às outras pessoas o que havia acontecido.

A igreja em que houve o ataque foi fundada em 1816, quando negros que faziam parte da Igreja Metodista Episcopal de Charleston formaram sua própria congregação após desentendimentos internos.

"Minha família e eu oramos pelas vítimas e os parentes afetados pela tragédia sem sentido desta noite" na igreja, disse a governadora da Carolina do Sul, Nikki Haley. 


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