Principal candidato governista à presidência da Argentina, o governador da província de Buenos Aires, Daniel Scioli, afirma que o argentino "não quer uma mudança total" do país.
"Há coisas em que a Argentina avançou, como a geração de empregos e o ressurgimento do setor produtivo, e sobre essas conquistas trabalhemos juntos para fazer o melhor. Isso é o que eu represento", disse ele, em entrevista à rede CNN em espanhol.
Enrique Marcarian/Reuters | ||
Daniel Scioli, governador da província de Buenos Aires e candidato à Presidência da Argentina |
Scioli afirma que a eleição argentina coloca em lados opostos "uma aliança de direita", encabeçada pelo chefe de governo de Buenos Aires, Maurício Macri, e o seu espaço político, classificado por ele como de centro esquerda.
"São as duas forças políticas que estão disputando a preferência das pessoas nestas eleições presidenciais", disse Scioli, acrescentando que aceitaria debater com Macri. A Argentina nunca teve um debate entre os candidatos à presidência.
Macri tem como principal bandeira a mudança, pegando carona na insatisfação da classe média em relação às políticas econômicas do governo, como as restrições à importação, a inflação de dois dígitos e o baixo crescimento da economia.
Já Scioli vende-se como uma espécie de "evolução" do modelo de Cristina Kirchner. Mas ainda não conquistou a bênção da presidente para representá-la nas urnas. Ele concorre com o atual ministro dos Transportes, Florencio Randazzo, o posto de candidato da Frente para a Vitória nas eleições de outubro.