Folha de S. Paulo


Calor extremo na Índia chega ao Himalaia

Até no sopé do Himalaia, na cidade de Rishikesh –tradicional destino de turismo espiritual no norte da Índia–, se sofre com a onda de calor que já provocou mais de 2.200 mortes no país. Na última semana, os termômetros chegaram a marcar 46°C.

"Extremo e atípico", registrou um aplicativo de celular que monitora variações da temperatura local. A região costuma ser destino dos que fogem do calor da primavera indiana, mas neste ano não foi poupada.

As tardes são o momento mais quente do dia, e é tarefa árdua andar pelas ruas sob o sol forte. Ambientes fechados tampouco se salvam, devido aos frequentes cortes de energia, que desligam ventiladores, aparelhos de ar condicionado e geladeiras.

A falta de eletricidade também ocorre à noite. Embora as temperaturas sejam mais amenas então, não há trégua para quem tenta dormir.

Para aliviar o calor, as pessoas recorrem às águas geladas do rio Ganges, que chega a Rishikesh pelas montanhas. Em um dos cursos de ioga oferecidos na cidade, conhecida como a capital da atividade, a maior parte dos alunos já ficou doente.

As queixas são as mesmas: diarreia, cansaço e febre, sinais de desidratação, que também podem ser fruto da ingestão de alimentos mal conservados. Sem energia elétrica, tem sido comum comprar algo direto da geladeira em um mercado local e sentir a diferença de sabor.

Para moradores e comerciantes, a situação é anormal.

Adnan Abidi/Reuters
Homem se refresca no rio Ganges em Déli, no norte da Índia
Homem se refresca no rio Ganges em Déli, no norte da Índia

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