Enquanto se discutia a diferença de forças no futuro Parlamento, os britânicos já tinham ao menos duas certezas: a esmagadora votação obtida pelo SNP (Partido Nacional Escocês) e a derrocada do Liberal Democrata.
O SNP teria obtido 58 das 59 cadeiras da Escócia no Parlamento -hoje tem seis. Mesmo que o número não se confirme, o partido deve obter mais de 50 postos, o que fará dele a terceira força política.
Defensora da independência escocesa, a líder do SNP, Nicola Sturgeon, disse que trabalharia para tirar o governo conservador, nem que fosse ao custo de um acordo para eleger Ed Miliband premiê.
Para cumprir a promessa, no entanto, dependia do desempenho dos trabalhistas nas urnas.
A vitória do SNP também representa um desastre para os trabalhistas, que obtiveram 41 cadeiras em 2010 na Escócia. O coordenador de campanha de Miliband, Douglas Alexander, perdeu sua vaga, por exemplo, para Mhairi Black, do SNP, de 20 anos, que, segundo a BBC, será o mais jovem membro do Parlamento em 350 anos.
O fortalecimento da sigla veio após o referendo de 2014 que quase levou à independência escocesa.
A boca de urna apontou que os liberais-democratas devem conquistar dez cadeiras, longe das 57 de 2010.
Para analistas, a estimativa é baixa, mas a sigla não deve passar de 20, 25 cadeiras, confirmando derrota histórica para seu líder, Nick Clegg.
Os liberais-democratas pagaram alto preço pelo apoio à austeridade fiscal do governo conservador.