Folha de S. Paulo


Companhias mudam procedimento na cabine após queda na França

Ao menos sete companhias aéreas estrangeiras anunciaram nesta quinta-feira (26) que passarão a manter dois tripulantes na cabine durante todo o tempo de voo.

Trata-se de medida em resposta à divulgação de que o copiloto Andreas Lubitz, 28, trancou-se sozinho na cabine de comando do Airbus A320 da Germanwings momentos antes de a aeronave cair sobre os Alpes franceses, na terça-feira (24).

Segundo o promotor de Marselha, Brice Robin, o copiloto derrubou de forma deliberada o Airbus A320 da Germanwings.

As companhias aéreas são as britânicas Virgin Atlantic, Easyjet e Thomas Cook, a norueguesa Norwegian Jet e as canadenses Air Transat, Air Canada e Westjet.

O número tende a aumentar, porque autoridades de aviação civil do Reino Unido e do Canadá disseram que pedirão a todas as empresas de seus respectivos países a manter, sempre, dois tripulantes na cabine de comando.

Em todos os casos, as medidas deverão entrar em vigor nos próximos dias.

No Brasil, pilotos da Avianca disseram ter sido avisados de que a companhia fará o mesmo. A empresa não confirma, por enquanto.

O procedimento funcionará assim: se um piloto precisar sair para ir ao banheiro, por exemplo, um comissário de bordo entrará no cockpit de modo a não deixar a cabine com apenas um piloto. Quando o piloto retornar, o comissário deixa o cockpit.

Segundo autoridades francesas, Lubitz aproveitou-se do fato de o comandante da aeronave ter saído.

Quando o comandante tentou voltar, o copiloto não permitiu a entrada —quem está na cabine de comando pode bloquear tentativa de abertura da porta, procedimento criado após os ataques terroristas do 11 de Setembro.

Editoria de arte/Folhapress
Piloto teve intenção de derrubar avião

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