Folha de S. Paulo


Facção islâmica destrói sítio arqueológico do século 13 a.C. no Iraque

O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) destruiu nesta quinta-feira (5), no Iraque, o sítio arqueológico assírio de Nimrud, do século 13 a.C., informou o Ministério de Turismo e Antiguidades do país.

Em comunicado, o ministério condenou estas "ações criminosas" e pediu ao Conselho de Segurança da ONU que realize uma reunião urgente para aplicar decisões em relação ao Iraque.

Radu Sigheti - 3.jul.2003/Reuters
Mulheres observam em museu em Bagdá mural retirado do sítio arqueológico assírio de Nimrud
Mulheres observam em museu em Bagdá mural retirado do sítio arqueológico assírio de Nimrud

"O Iraque representa a primeira linha de defesa contra o EI, e é necessário cessar esta situação dramática pela qual o mundo civilizado está passando e fazer frente, juntos, a este ataque à cultura e à humanidade", acrescenta a nota.

Nimrud, conhecida na Bíblia como Kalakh, foi uma das capitais da Assíria e está localizada perto do rio Tigre, a cerca de 30 quilômetros a sudeste de Mossul, capital da província de Ninawa.

No dia 26 de fevereiro, o EI divulgou um vídeo pela internet que mostrava jihadistas destruindo dezenas de figuras do Museu da Civilização de Mossul, no Iraque, entre elas algumas da época assíria (séculos 8º e 7º a.C.).

Um dos jihadistas que aparecia no vídeo justificou esse ato de vandalismo afirmando que os povos da antiguidade adoravam ídolos "em vez de Alá" e que o próprio profeta Maomé destruiu com suas mãos outras figuras de ídolos religiosos.


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