Folha de S. Paulo


Presidente da Nigéria escapa de atentado a bomba após comício

O presidente nigeriano, Goodluck Jonathan, escapou nesta segunda-feira (2) de um atentado ao deixar um comício no nordeste do país, onde a ameaça do grupo radical Boko Haram é cada vez mais presente a apenas duas semanas das eleições presidenciais.

Uma mulher suicida detonou um carro que continha explosivos próximo ao estacionamento de um estádio da cidade de Gombe, onde Jonathan acabara de fazer um comício.

Segundo um agente da equipe médica, o ataque deixou 18 feridos e nenhum morto.

De acordo com uma testemunha, a explosão aconteceu três minutos depois de Jonathan deixar o lugar.

Afolabi Sotunde/Reuters
Carro explode próximo a estacionamento onde, momentos antes, o presidente nigeriano estivera.
Carro explode próximo a estacionamento onde, momentos antes, o presidente nigeriano fazia comício

Jonathan, que pretende se reeleger nas eleições presidenciais de 14 de fevereiro, fez um comício para seguidores de seu Partido Democrático do Povo (PDP).

Segundo o superintendente adjunto Fwaje Atajiri, houve dois outros ataques suicidas em Gombe no domingo que também deixaram alguns feridos.

Embora nenhum grupo tenha reivindicado a autoria dos ataques, o governo responsabiliza o grupo Boko Haram, que vem realizando diversos ataques no país e já havia prometido tumultuar o pleito de 14 de fevereiro.

Os exércitos da Nigéria e dos países vizinhos Chade e Camarões vêm atacando posições do Boko Haram. Uma força conjunta de 7.500 homens foi mobilizada para combater os radicais após determinação do Conselho de Paz e Segurança da União Africana.

Desde 2009, a insurreição do Boko Haram (que significa "a educação ocidental é proibida") e sua repressão pelas forças armadas deixaram mais de 13.000 mortos e mais de um milhão de refugiados.


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