Folha de S. Paulo


Cartunista do 'Charlie Hebdo' chora durante coletiva em Paris

O cartunista Renald Luzier (Luz) chorou nesta terça-feira (13) durante a apresentação do novo número do jornal satírico "Charlie Hebdo", que chega às bancas na quarta-feira (14).

"É antes de tudo um homem que chora", disse Luz ao explicar o desenho que ilustra a capa de sua autoria. Nela, o profeta Maomé aparece segurando um cartaz em que se lê "Je suis Charlie" (Eu sou Charlie), frase que se tornou símbolo após o ataque que deixou 12 mortos na sede do semanário no dia 7.

Acima do desenho, está escrito "Tudo é perdoado".

Philippe Wojazer/Reuters
Chefe de redação do 'Charlie Hebdo', Gérard Briard (esq.) consola cartunista Luz durante coletiva
Chefe de redação do 'Charlie Hebdo', Gérard Briard (esq.) consola cartunista Luz durante coletiva

"É um Maomé muito mais simpático do que o empunhado pelos que abriram fogo" no ataque, explicou Gérard Biard, chefe de redação do jornal.

A próxima edição do "Charlie Hebdo" deve ser lançada em mais de 20 países e será traduzida para cinco línguas, incluindo árabe e turco, disse Biard.

Preparada pelos sobreviventes do ataque da semana passada, a revista será traduzida em inglês, espanhol e árabe para sua versão digital, bem como italiano e turco em sua versão de papel, informou durante coletiva em Paris.

Sua tiragem será de 3 milhões de exemplares, contra 60.000 habitualmente.

Philippe Wojazer/Reuters
Ao lado do cartunista Luz, colunista Patrick Pelloux (dir.) mostra nova capa do 'Charlie Hebdo'
Ao lado do cartunista Luz, colunista Patrick Pelloux (dir.) mostra nova capa do 'Charlie Hebdo'

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